Um conjunto de 19 organizações sindicais não filiadas e filiadas na CGTP-IN e na UGT decidiram juntar forças e organizar no próximo dia 5 de Abril (sábado), a partir das 9.30 horas da manhã, no Auditório Camões – Escola Secundária Camões (Rua Almirante Barroso, 25 B, junto à Praça José Fontana e perto do metro Picoas) uma conferência Em Defesa da Segurança Social Pública: a Questão das Pensões.
Como referem os organizadores no texto de apresentação da iniciativa, “o Estado Social e o sistema público de pensões da Segurança Social não são um fardo para a sociedade, para o Estado e para as futuras gerações. São parte do contrato social de uma sociedade democrática apostada em assegurar a protecção dos cidadãos, a equidade e a redução da desigualdade e da pobreza.”
A iniciativa é aberta à participação “de todos os interessados no debate dos caminhos e propostas para assegurar uma Segurança Social pública robusta e com futuro” preferencialmente mediante inscrição que pode ser feita na página web da conferência – www.pensoes.blogspot.pt . Esta conferência, como afirmam, é“um testemunho da necessária unidade na acção, construída no debate de ideias e na convergência por objectivos comuns, para a defesa do Estado Social e do sistema público de pensões como componente essencial da democracia”. E como componente essencial, acrescentamos, de uma verdadeira política de desenvolvimento para o nosso país.
Os sinais publicitados nos últimos dias sobre um novo e mais gravoso ataque em preparação pelo governo contra o sistema público de pensões reforçam a oportunidade e o interesse de juntos construirmos uma defesa cidadã esclarecida e solidária sobre o nosso sistema de segurança social pública, conquistado e construído a partir do 25 de Abril e agora sujeito ao mais violento ataque em nome desta austeridade que nos empobrece, compromete o nosso futuro e degrada a democracia.
Esta iniciativa, como outras, inscreve-se no esforço colectivo de retirar decididamente o monopólio público do debate sobre a Segurança Social aos habituais arautos situacionistas da desgraça e das inevitabilidades, que sempre nos pregam a conhecida narrativa da insustentabilidade, e assim abrir caminho a um debate informado, plural e aberto sobre as políticas públicas capazes de assegurar o presente e o futuro do Estado Social.
É bem-vindo este testemunho de organizações sindicais que souberam superar barreiras e fronteiras para tentar construir um caminho e ideias comuns numa matéria decisiva para o nosso bem-estar e o nosso futuro colectivo.
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